Nessa imagem acima, postada há pouco pela editora-geral Sony Lacerda, aparece parte da equipe que viu as cortinas do Correio da Paraíba se fecharem 66 anos após a sua estreia no jornalismo impresso estadual.
A outra pequena parte está em casa protegendo-se dos efeitos do novo coronavírus.
Nenhuma das duas, porém, livrou-se da doença que matou nosso último jornal comercial impresso na Paraíba.
O novo e impreciso mercado vem ferindo de morte o negócio comunicação. Na verdade, um novo modelo nasceu e com ele a obrigação de readaptação dos pacientes.
Por natureza, o impresso é mais caro, demanda gráfica, papel, mão de obra e um custo elevado que o anunciante contemporâneo já não se dispõe a pagar.
Os hábitos também mudaram. Foram transferidos da folha para a tela. Mas, todos os veículos, incluindo os da Internet, também vivem as dores desse parto.
Nessa foto, os últimos soldados daquele que foi um dos mais importantes e influentes periódicos das últimas gerações.
Um dos integrantes desse quartel até cinco anos atrás, quando lá escrevi coluna política diária, sei como deve ter sido difícil para quem precisou botar um sorriso no rosto e registrar essa fotografia final.
Foi menos duro para os que ficaram em casa. Esses puderam chorar a sós.