O governador João Azevêdo começou a semana nadando contra a maré da conjuntura nacional de aperto financeiro e fiscal.
A decisão pelo reajuste linear de 5% passou uma mensagem para além dos donos dos contracheques que terão salários majorados após a consolidação do aumento.
O reajuste em si contempla o contingente de 110 mil pessoas na folha estacual, segundo o Tribunal de Contas do Estado. Mas, o encaminhamento administrativo tem alcance mais amplo para um estado de economia módica e altamente influenciado pela riqueza estatal. O dinheiro acrescido circula, mexe com mercados e infla poder de compra.
No redemoinho ainda de um cenário econômico complexo, o Governo deu demonstração de controle da máquina e do equilíbrio das finanças.
E de uma certa dose de ousadia, também.
Porque o contexto econômico permite a qualquer governante argumento para segurar a onda, poupar mais as finanças e manter a política de arrocho.
Dados do Conselho das Secretarias de Planejamento constatam que essa tem sido a opção da quase unanimidade dos estados. Até agora, apenas Espírito Santo e Paraná, no Sudeste, sinalizaram por melhoria salarial. Mesmo assim, em percentuais menores (3,5% e 2%).
Vem da pequena Paraíba o esforço maior.