O saldo do reajuste – Heron Cid
Bastidores

O saldo do reajuste

22 de janeiro de 2020 às 14h56

O governador João Azevêdo começou a semana nadando contra a maré da conjuntura nacional de aperto financeiro e fiscal.

A decisão pelo reajuste linear de 5% passou uma mensagem para além dos donos dos contracheques que terão salários majorados após a consolidação do aumento.

O reajuste em si contempla o contingente de 110 mil pessoas na folha estacual, segundo o Tribunal de Contas do Estado. Mas, o encaminhamento administrativo tem alcance mais amplo para um estado de economia módica e altamente influenciado pela riqueza estatal. O dinheiro acrescido circula, mexe com mercados e infla poder de compra.

No redemoinho ainda de um cenário econômico complexo, o Governo deu demonstração de controle da máquina e do equilíbrio das finanças.

E de uma certa dose de ousadia, também.

Porque o contexto econômico permite a qualquer governante argumento para segurar a onda, poupar mais as finanças e manter a política de arrocho.

Dados do Conselho das Secretarias de Planejamento constatam que essa tem sido a opção da quase unanimidade dos estados. Até agora, apenas Espírito Santo e Paraná, no Sudeste, sinalizaram por melhoria salarial. Mesmo assim, em percentuais menores (3,5% e 2%).

Vem da pequena Paraíba o esforço maior.

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