Chegou a cinco o número de secretários abatidos, por motivos e causas diferentes, nos desdobramentos da ruidosa Operação Calvário na Paraíba.
Especificamente como consequência da investigação em curso saíram do governo Livania Farias, Gilberto Carneiro, Waldson Souza, Ivan Burity e Aléssio Trindade. Por enquanto.
Detalhe: todos remanescentes da cota do ex-governador Ricardo Coutinho. Como se pode observar, nem toda herança legada a João foi bendita.
Com a soma de outras saídas e acomodações, a dinâmica do governo terminou sendo forçada pela conjuntura, e nove pastas, ao total, mudaram de cara.
Isso, incluindo na conta Chefia de Governo, Comunicação, Saúde e Finanças.
É um número considerável em dez meses. Dá quase uma média de uma mudança a cada 30 dias.
Se trazem inevitáveis dissabores, paradoxalmente os efeitos da Calvário têm dado a João a oportunidade de fazer um secretariado com sua personalidade e estilo.
Em menos de um ano, o governo já tem nova cara. Pela soma da força das circunstâncias e das decisões do governador.
Para quem ainda espera pela reforma no governo, uma constatação: por vias transversas, ela já vem acontecendo.
Essas vias transversas precipitaram a reforma, que é profunda e ampla – o que não significa conclusa, e deram a João chance de ser João. João por inteiro. Com seu DNA próprio.