O jornalista Reinaldo Azevêdo tratou o tema com propriedade e argumentação sólida, como é de sua estirpe.
O caso Neymar é o exemplo mais recente, nem de longe o único. Há uma profusão deles.
A cada crise ou fato de repercussão, o fenômeno se repete.
Antes de qualquer veredito das autoridades sobre uma investigação ou denúncia, uma convicção vai se formando noutra esfera: a praça digital.
Nas redes sociais, há pareceres e sentenças prévias. Ora inocentando, ora acusando.
Ninguém espera mais pelo desfecho. Todos são estimulados a ter uma convicção inarredável, inabalável. Definitiva.
Culpado ou inocente, ninguém escapa do tribunal das redes sociais.
Esse é implacável. Mas, quase sempre, apressado, superficial. E, por isso mesmo, tende a ser impreciso e injusto.
Triste de quem sentar como réu no seu banco. Não há defesa e nem chance de absolvição.