Em política, se morre várias vezes. Bayeux estava até hoje no velório político do prefeito afastado, Berg Lima.
Ele entrou na extrema unção quando teve a infelicidade de ser gravado recebendo uma quantia em dinheiro de um fornecedor da Prefeitura. Para o Ministério Público, que controlava o flagrante, era propina.
Fora do poder, mas mantendo o salário, com o aval e a complacência da Câmara, Lima manteve-se fora de cena, enquanto advogados interpelavam ao plano superior. O Superior Tribunal de Justiça.
No apagar das luzes de 2018, já perto do Natal, o STJ deu um presente ao prefeito e o devolve de volta à cidade que o encara como um zumbi político.
O caso ainda continua no Tribunal de Justiça da Paraíba e na Câmara Municipal. A depender do juízo do TJ e do interesse dos vereadores, Berg pode sair da cova a que foi atirado em 5 de setembro do ano passado.
O despacho do STJ é um fantasma a assombrar muita gente que fazia planos de poder em Bayeux e cuspiu no féretro.
Para o bem ou para o mal, o jovem ressuscitou… Um ano e três meses depois da crucificação pública.
Depois de tudo, terá discípulos?