Tudo certo e nada no lugar. A reunião que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, fez com parlamentares de duas legendas nesta terça-feira serviu para deixar claro que, por enquanto, ninguém tem a menor ideia do que vai acontecer.
E isso inclui Jair Bolsonaro. Ele esteve com deputados do MDB e do PRB. Conversaram, por exemplo, sobre reforma da Previdência ou sobre alguma outra agenda? Por enquanto, nada.
O presidente eleito repetiu o que já dissera num encontro de eleitos do seu próprio partido: se seu governo for malsucedido, o risco é o PT voltar ao poder.
Assim, a agremiação de Lula é usada para assustar o meio político, de sorte que Bolsonaro ganharia uma espécie de adesão negativa: “Para que o outro não volte, vamos ficar com ele, seja lá o que queira”. Será que funciona? Eu me arriscaria a dizer que não.
Michel Temer só se tornou presidente porque o MDB era aliado do PT — aliás, foi simpático a Lula no primeiro mandato e integrou a base de apoio, oficialmente, já no segundo. No terceiro e quarto, com Dilma no comando, ocupou a Vice-Presidência.
O PRB também foi aliado do PT. Nem um nem outro têm do que reclamar. Nesta quarta, será a vez de Bolsonaro falar com o PR e com o PSDB.
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