Leio na Folha:
“Sob o comando do futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, a nova direção da Polícia Federal pretende reestruturar e reforçar o grupo responsável por investigar perante o STF (Supremo Tribunal Federal) crimes cometidos por ministros e políticos em exercício do mandato.”
(…)
Comento
Moro será ministro da Justiça e da Segurança Pública. Há uma boa chance de que não seja nem uma coisa nem outra e se dedique apenas a usar a musculatura que ganhou no Poder Executivo para seu trabalho de expurgos na política.
Na prática, o que se vai ter um é a política sob permanente vigilância de um grande chefe de polícia que terá instrumentos para transitar nos bastidores dessa mesma… política.
Os que estiverem no Executivo e não pertencerem à grei dos militares, de Paulo Guedes e do próprio Moro devem tomar especial cuidado. E os parlamentares que tratem de disfarçar até mesmo a respiração. J. Edgar Hoover tinha no comando do FBI menos poderes do que Moro terá no Ministério da Justiça. É pouco provável que o ex-juiz queira ficar 37 anos no cargo. Certamente planeja voos maiores.
A estrutura que montou até agora não tem a menor intimidade com o combate à insegurança pública. Ele vai continuar, e deixou isso claro na palestra que deu em Madri, com o seu trabalho de suposta depuração da política.
É compreensível que esse ministro da Justiça não queria saber de assuntos que seriam de sua competência, como a Funai, por exemplo.
O negócio dele é caçar os ditos criminosos do colarinho branco, posar para fotos e depois expedir alguma sentença moral.
Afinal, gente, ele não é um político, certo?
Não sei de Jair Bolsonaro vai descer algum dia do palanque. Uma coisa é certa: Moro não vai.
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