Continência aos idiotas. Por Ricardo Noblat – Heron Cid
Bastidores

Continência aos idiotas. Por Ricardo Noblat

30 de novembro de 2018 às 10h15
Gilad Shalit faz continência ao encontrar o premiê israelense (AFP/VEJA)

Assim como eleição sem Lula não é fraude, continência não é sinal de vassalagem aqui e em parte alguma.

Desafetos do presidente Jair Bolsonaro alardeiam que ele foi submisso ao prestar continência a John Bolton, assessor de Trump, que o visitou em sua casa.

Bolsonaro é militar da reserva. Continência é uma saudação trocada no meio militar. O recruta presta continência ao capitão, que presta continência ao recruta. É sinal de respeito e de cortesia.

Outro dia, Bolsonaro bateu continência à Raquel Dodge, Procuradora-Geral da República. Ninguém o chamou de subserviente.

O ex-presidente Barack Obama já foi criticado por ter se curvado além do razoável diante do imperador do Japão. Trump, por ter apenas apertado a mão do imperador.

Chamaram Obama de submisso, e a Trump de arrogante.

Como se vê, a idiotice não tem fronteiras.

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