Quem vencerá a quebra de braço? O presidente eleito Jair Bolsonaro ou a bancada evangélica da Câmara dos Deputados?
É fato: Bolsonaro convidou Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna, para ser o próximo ministro da Educação.
Ex-presidente do Movimento Todos pela Educação, ex-reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Mozart aceitou o convite.
O nome de Mozart havia sido sugerido a Bolsonaro por Viviane Senna, a presidente do instituto. E contava com o apoio de auxiliares de Bolsonaro.
Aí a bancada evangélica subiu nas tamancas contra Mozart, insuflada pelo pastor Silas Malafaia e o filósofo Olavo de Carvalho. A razão?
– Queremos nos proteger de leis e assuntos que possam prejudicar o crescimento da igreja. Não podemos permitir [no ministério] pessoas com ideais contrários aos nossos – justificou o deputado Takayama (PSC-PR), líder da bancada. “Mozart não seria a pessoa ideal para assumir, não preenche nosso perfil”.
A escolha de Mozart para ministro vazou por meio da deputada federal recém eleita Joice Cristina Hasselmann (PSL-SP).
Diante da rebelião dos evangélicos, Bolsonaro em pessoa desmentiu no Twitter que a nomeação de Mozart fosse coisa certa. Era, sim.
Pela primeira vez, uma voz da oposição na Câmara, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), havia elogiado o nome de um futuro ministro.
– Ele é um homem sério e um educador exemplar – comentou Alencar.
Está marcada para hoje uma reunião entre Bolsonaro e Mozart.
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