Mais tarde, em entrevista à jornalista Renata Lo Prete, Jefferson quase derrubaria o governo ao detalhar sua denúncia. Lula entregou a cabeça de José Dirceu para salvar a sua.
Desejo melhor sorte à sólida maioria dos brasileiros que parece pronta para eleger o deputado Jair Bolsonaro (PSL) presidente da República no próximo dia 28.
Não é qualquer povo que tem a coragem de eleger um candidato de passado no mínimo controverso, e cujas propostas para o futuro se limitam a meia dúzia de frases feitas, ocas e assustadoras.
O que pensa Bolsonaro sobre as principais questões que afligem os brasileiros? Como de fato ele pretende enfrentá-las uma vez que suba a rampa do Palácio do Planalto?
Concorde-se ou não com Fernando Haddad, o que ele pretenderia fazer se eleito está exposto à discussão. E ele, todo santo dia, tem que se explicar, e se explicar e se explicar.
A facada que levou em Juiz de Fora dispensou Bolsonaro de dar explicações e de se submeter ao confronto de ideias. Liberado pelos médicos para participar de debates, não participará.
Esconde-se atrás de uma bolsa de fezes e só faz o que não implica em riscos. Concede entrevistas controladas, dispara mensagens nas redes sociais e assiste à passagem do tempo.
Se a generosidade fosse um das marcas do caráter de Bolsonaro, no futuro ele deveria indultar o louco de Juiz de Fora que tentou matá-lo. Foi o seu maior eleitor.