Para começo de conversa. O deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) conseguiu o mérito de imobilizar todas as chapas até essa semana. Deixou todo mundo à sua espera e no final tomou a decisão com mais sintonia e chances de êxito.
O Progressistas até namorou e foi namorado pelos convites do PSB, mas raciocinou: depois de oito anos de oposição, não haveria liga com o Governo e nem muito menos com a militância girassol.
Tendo Veneziano Vital, desafeto de outras estações, como companheiro de chapa, Daniella Ribeiro, candidata ao Senado, seria alvo fácil de fogo amigo do PSB. Poderia repetir Efraim Morais, em 2010, o primeiro partido a aderir a Ricardo e depois premiado com votação pífia em João Pessoa.
Pesou pró Lucélio e Michelline a relação do partido com as gestões de João Pessoa e Campina Grande, onde o Progressistas tem cargos, secretários e indicações e participa da composição e construção política.
A ligação de Daniella com a primeira-dama Maísa Cartaxo e Romeika Cartaxo, mulher de Lucélio, também tiveram componente importante. Foram muitas conversas entre elas, confidenciou ao Blog a própria deputada.
É mais fácil transitar e pedir votos num grupo que já se é aliado, do que atravessar a rua para pedir guarita do outro lado. A maioria esmagadora das lideranças do partido eram contra aliança com o PSB.
Por fim, funcionou o faro e somas do deputado Aguinaldo Ribeiro, que conseguiu a coligação que sempre quis e com chances de fazer dois deputados federais do próprio partido, e a sua leitura de que é mais fácil eleger Daniella juntando as forças de João Pessoa e Campina.
Lucélio ganhou uma candidata forte e um partido com capilaridade. Um notório reforço.
