Convenção que oficializou Bolsonaro foi um “freak show” ideológico. Por Reinaldo Azevedo – Heron Cid
Bastidores

Convenção que oficializou Bolsonaro foi um “freak show” ideológico. Por Reinaldo Azevedo

23 de julho de 2018 às 10h52

Pronto! A convenção do PSL oficializou a candidatura de Jair Bolsonaro para a Presidência da República. Quando o petista Luiz Inácio Lula da Silva não aparece nas pesquisas de intenção de votos, o capitão reformado disputa o primeiro lugar com Marina Silva, da Rede, mas aparece numericamente à frente. Num eventual segundo turno, ela o derrotaria. Relatos dos repórteres dos mais diversos veículos, ainda que imbuídos do óbvio esforço da objetividade, não conseguiram disfarçar: o que se viu no Centro de Convenções SulAmérica, no Estácio, região central do Rio, foi um verdadeiro “freak show” ideológico.

Havia criancinhas vestidas de militares; prosélitos da monarquia — talvez confundam varizes com sangue azul —; um sujeito com traje entre o policial e o motoqueiro, com capacete e máscara contra gases; um grupelho que distribuía um manifesto contra a comunização do Brasil etc. Um garotinho de cabelo encaracolado, para orgulho dos pais, simulou uma arma com os dedos, repetindo o gesto que o próprio Bolsonaro levara uma menininha a fazer na quinta passada, em Goiânia. No manifesto da turma que vê o Brasil à beira da revolução comunista. diga-se, afirma-se que o Estatuto do Desarmamento — chamado de “desarmamento da população” — responde pelo aumento da violência no Brasil, o que é uma mentira facilmente desmontável e demonstrável. Mas e daí? Ninguém ali tem tempo para detalhes que possam levar à verdade.

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