Fratura exposta no PT. Por Ricardo Noblat – Heron Cid
Bastidores

Fratura exposta no PT. Por Ricardo Noblat

17 de julho de 2018 às 09h36
O governador do Rio Grande do Sul e o candidato derrotado na reeleição, Tarso Genro concede coletiva em Porto Alegre (RS) (Jovanir Medeiros/Folhapress)
Três vezes ministro dos governos Lula (Educação, Relações Institucionais e Justiça), nome de maior peso no PT do Rio Grande do Sul, Tarso Genro não poderia ter sido mais claro do que foi ontem à noite em um debate em Porto Alegre.

Se antes havia apenas acenado com um possível apoio à candidatura presidencial de Gulherme Boulos (PSOL) nas eleições de outubro próximo caso Lula não possa disputá-las, desta vez foi claro e definitivo ao dizer:

– Nós vamos defender que o PT lidere uma nova frente política e convide o companheiro Boulos para ser nosso candidato à Presidência da República.

É fratura exposta no PT.

Lula sabe que não será candidato. Tem esperança de ser mandado preso para casa antes das eleições. Mas não pretende abrir mão de indicar outro nome do PT para substitui-lo nas urnas. O nome mais cotado é o de Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo.

Genro não está sozinho ao defender o apoio do PT a um candidato de outro partido de esquerda. Seu ex-colega de governo Jaques Wagner também defende. Assim como o governador da Bahia, Rui Costa. Lula já repreendeu Wagner e Costa por isso.

Quando o escândalo do mensalão do PT quase pôs a baixo o governo Lula em 2005, Genro assumiu interinamente a presidência do partido e propôs sua refundação. Queria purgar o PT dos seus pecados. Acabou purgado do seu comando.

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