Não existem respostas certas para perguntas erradas. Por Reinaldo Azevedo – Heron Cid
Bastidores

Não existem respostas certas para perguntas erradas. Por Reinaldo Azevedo

19 de fevereiro de 2018 às 09h47

Não existem respostas certas para perguntas erradas. São descabidas indagações como: “A intervenção federal no Rio vai dar carto?” Ou ainda: “A criação do Ministério da Segurança Pública resolve o problema?” Afinal de contas, o que quer dizer “dar certo”? O que significa “resolver o problema”?

Caso se estenda por “dar certo” o fim imediato do controle de áreas do Rio pelo crime organizado, então a resposta é “não”. Não se consegue esse resultado com um estalar de dedos. Caso se entenda por “resolver o problema” da violência pais afora um novo amanhecer no dia seguinte à nomeação do ministro da nova pasta, a resposta é igualmente negativa.

De sexta para cá, li uma penca de textos que rezam a ladainha de sempre: “Ah, isso não vai adiantar porque não se trata de uma solução estrutural…” A expressão “solução estrutural”, diga-se, é a preferida dos covardes intelectuais. Se você os indagasse sobre que diabo de resposta é essa, eles também não saberiam dizer. Ou viriam com aquelas generalidades em que as esquerdas são craques: para responder à violência é preciso, primeiro, acabar com as desigualdades, garantir educação de qualidade a todos, assegurar aos brasileiros moradia digna, acabar com todos os preconceitos de cor, raça, religião… Em suma, no juízo perturbado dessa gente, o paraíso é uma consequência natural do… paraíso!

Como levar a sério esse tipo de abordagem?

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