A exitosa operação que culminou com o flagrante do prefeito Berg Lima, de Bayeux, é um exemplo concreto de como a interação entre Polícia, Ministério Público e Judiciário tem força no combate à corrupção, também na Paraíba.
O Brasil já tem assistido os resultados dessa combinação e esforço conjunto com a Lava Jato, operação que tem surtido efeito e exposto às vísceras do nosso sistema político, e cujo papel de punição aos culpados tem sido pedagógico e paradigmático para o País.
Na Paraíba, esses órgãos podem agir na direção dos mesmos ventos. Atento à denúncia, indícios e investigando a fundo as entranhas do poder, o teatro das licitações, as contrapartidas de empresários e os furtos ao erário.
Gaeco, Judiciário e a nova geração da Polícia Civil – formada por quadros técnicos e independentes – têm nas mãos esse papel de revista a procedimentos, olho aberto para superfaturamentos e desvios.
Em muitas situações, não há necessidade de nem muito esforço para descobrir falcatruas que correm feito rastilho de pólvora nos bastidores.
É de uma ponta que se consegue desfiar todo o novelo.
Foi assim na Lava Jato, iniciada com uma investigação sobre lavagem de dinheiro de um doleiro, e que terminou balançando as estruturas de poder e derrubando presidentes e altas autoridades.
Quem disse que a Paraíba também não pode ter a sua própria Lava Jato? Temos policiais, promotores e juízes dispostos. E motivos, fatos e corruptos não faltam.