Ressocialização, uma matéria que reprova o Governo – Heron Cid
Opinião

Ressocialização, uma matéria que reprova o Governo

6 de junho de 2017 às 09h53 Por Heron Cid
Atual Governo pegou quadro de superlotação ruim e não levantou nenhum tijolo para melhorar

São válidos e igualmente importantes os projetos – via investimentos em educação e lazer – tocados pelo atual Governo para a infância e a juventude paraibana.

O programa de inserção musical de estudantes da rede estadual de ensino, os parques de convivência, as bolsas de estudos no exterior, entre outros, exemplificam políticas de inclusão da gestão socialista.

Ótimo. Reconheça-se. São ações preventivas que podem estar tirando crianças e adolescentes de um iminente mau caminho.

Só que existem aquelas que já estão nele. O pior, muito já estão cumprindo penas socioeducativas, sob a guarda do Estado.

Para estes, qual é a política efetiva de ressocialização do Governo? O massacre no Lar do Garoto, crônica de uma tragédia anunciada pela magistratura, Ministério Público, Direitos Humanos e Assembleia, ilustra.

Quase nada tem sido feito. E se existe algo, tem se mostrado ineficiente.

Não adianta dizer que a solução para o drama não é apenas construir novas unidades, mas apontar caminhos de saída. Porque não se tem visto nenhuma coisa e nem outra por aqui.

Óbvio que somente novas vagas não resolve. Medidas que não são acompanhados do básico  também estão condenadas ao fracasso.

Neste aspecto, o Governo está em dívida. Nenhum novo Lar ou nova vaga foi criada em sete anos. Ou seja, pegou o quadro de superlotação ruim e deixou que ficasse ainda pior.

É o mesmo que acontece no sistema prisional oficial. Nenhum novo presídio para desafogar o caos dos já existentes.

Até os seus criticados antecessores, Maranhão e Cássio, construíram alguns, inclusive de segurança máxima. O atual Governo ficou no zero. Ainda se movimentou para numa PPP construir uma penitenciária em Solânea. Não saiu do canto…

Se neste tempo todo não foi feito nada para diminuir a combustão dos caldeirões de tensão nas unidades de adolescentes e nas cadeias, até como ação de segurança pública, o que esperar do que sairá delas?

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