Toda mudança é um desafio. Desde quando decidiu romper o modelo vigente, de décadas, do São João de Campina Grande, a maior expressão artística e cultural da Paraíba, o prefeito Romero Rodrigues optou por uma saída ousada, mas de riscos.
A primeira reação veio com a programação. Setores da cultura reclamaram e viram prejuízos para a identidade do evento, junino e forrozeiro por essência e origem.
Pela ruptura, a festa – emblemática para qualquer gestão – passou a ser um teste de fogo e desafio para Romero.
Se havia alguma receio do sucesso e da receptividade, a abertura ontem dissipou esses temores.
O que se viu foi um Parque do Povo totalmente renovado e uma estrutura moderna, digna de super eventos.
A nova lógica do palco, com faces para quatro ângulos de observação e localizado quase no meio do pátio, é um exemplo.
A entrada dos artistas por uma longa passarela criou o cenário de uma passagem apoteótica.
E as atrações, a parte mais temida?
Provou-se eclética, capaz de agradar, e atender a todos os públicos.
Por ontem, ficou fácil identificar o perfil encontrado pela organização.
Uma introdução com um o forró tradicional (Os 3 do Nordeste), um artista nacional (Cézar Menotti e Fabiano) e o fechamento com o forró estilizado (Jonas Esticado).
Lógica que se repete ao longo dos próximos 29 dias e que deve afirmar, ainda mais, o Maior São João do Mundo como um evento nacional.
Se a primeira impressão é a que fica, o formato e a presença explosiva do povo na abertura mostram que Romero acertou.