São João de Campina, a primeira impressão – Heron Cid
Opinião

São João de Campina, a primeira impressão

3 de junho de 2017 às 12h42 Por Heron Cid
Novo formato, desafio do evento, mantém tradição, mas avança na modernização da festa

Toda mudança é um desafio. Desde quando decidiu romper o modelo vigente, de décadas, do São João de Campina Grande, a maior expressão artística e cultural da Paraíba, o prefeito Romero Rodrigues optou por uma saída ousada, mas de riscos.

A primeira reação veio com a programação. Setores da cultura reclamaram e viram prejuízos para a identidade do evento, junino e forrozeiro por essência e origem.

Pela ruptura, a festa – emblemática para qualquer gestão – passou a ser um teste de fogo e desafio para Romero.

Se havia alguma receio do sucesso e da receptividade, a abertura ontem dissipou esses temores.

O que se viu foi um Parque do Povo totalmente renovado e uma estrutura moderna, digna de super eventos.

A nova lógica do palco, com faces para quatro ângulos de observação e localizado quase no meio do pátio, é um exemplo.

A entrada dos artistas por uma longa passarela criou o cenário de uma passagem apoteótica.

E as atrações, a parte mais temida?

Provou-se eclética, capaz de agradar, e atender a todos os públicos.

Por ontem, ficou fácil identificar o perfil encontrado pela organização.

Uma introdução com um o forró tradicional (Os 3 do Nordeste), um artista nacional (Cézar Menotti e Fabiano) e o fechamento com o forró estilizado (Jonas Esticado).

Lógica que se repete ao longo dos próximos 29 dias e que deve afirmar, ainda mais, o Maior São João do Mundo como um evento nacional.

Se a primeira impressão é a que fica, o formato e a presença explosiva do povo na abertura mostram que Romero acertou.

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