Casca de banana. Foi a expressão popular usada pelo prefeito em exercício Manoel Júnior para estigmatizar os acenos do PSB na direção do prefeito Luciano Cartaxo, a quem os socialistas já se insinuam com declarações amenas e até admitindo recomposição política, nos moldes de 2014.
No Frente a Frente, da TV Arapuan – programa que apresento toda segunda-feira às 21h30 – o peemedebista disse que a oposição tem maturidade suficiente para perceber nos movimentos girassóis uma tentativa de fragmentação da aliança de 2016, entre PMDB, PSD e PSDB, vitoriosa em 14 dos 20 maiores municípios do Estado. Mais do que isso: um atestado de fragilidade política de quem “não tem candidato”.
Para Manoel, a razão da vacina é muito elementar. Todas essas lideranças, Luciano, José Maranhão e Cássio Cunha Lima, já experimentaram e amargaram frustrações políticas com o governador Ricardo Coutinho. “Ninguém cai mais nesse encantamento da sereia”, acentuou.
A divisão da oposição é uma estratégia vital para os planos políticos de Ricardo, em 2018. O governador – que sempre venceu unido à outras forças – passa por um processo de isolamento em relação a quem sempre lhe deu suporte e palanque, cada qual em um momento específico.
O que Manoel Júnior está querendo dizer é que se depender das experiências vividas, nem Luciano, nem Maranhão e nem Cássio entrarão em rota de colisão, como aspiram os aliados do governador. E com uma razão mais matemática do que política: 2016 provou nos boletins de urnas que a união deles tem força para superar Ricardo e a estrutura do Governo.