Política e crime aqui e acolá se misturam nas ondas da paradisíaca Cabedelo e a cidade litorânea da Paraíba vira caso de polícia. Fantasma que assusta em forma de instabilidade administrativa.
Não faz nem muito tempo – em 2018 – a Operação Xeque-Mate prendeu e afastou o então prefeito Leto Viana. Quem assumiu a Prefeitura foi o presidente da Câmara eleito, Vítor Hugo. Reeleito, sem dificuldades, posteriormente.
O mesmo que, oito anos depois daquela hecatombe, acaba de ter a inelegibilidade decretada. Ele e o seu sucessor, André Coutinho, cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral por aliciamento violento de eleitores em 2024, mediante a infiltração de facções criminosas na gestão municipal.
Cabedelo volta a reviver o mesmo drama. Com prefeito, vice e vereador cassados, o município aguarda novas eleições, pouco mais de um ano após ter ido as urnas fazer sua escolha.
Até lá, a população revive a experiência de ser governada, temporária e novamente, por um presidente da Câmara e prefeito interino. O da vez é Edvaldo Neto. Se for mantida a ‘tradição’, deve ser candidato ao mandato tampão. Com a vantagem de estar montado no poder.
A mistura de política e crime continua fazendo vítimas em Cabedelo. Um fantasma teimoso e resistente ao exorcismo. Um motivo a mais para o cabedelense começar 2026 tomando banho de águas salgadas.
