
Ganhar aos 22 anos o título de parceiro profissional de Vinicius de Morais não é pra qualquer um. Só um virtuose do nível de Toquinho é capaz de tão cedo chamar a atenção e fazer tanta coisa boa ao lado do poetinha.
Aquele jovem talento lapidado pelo tempo continua exibindo alta perfomance perto de completar seus oitenta anos de vida – 60 desses dedicados a refinada produção musical, conhecida no Brasil e reconhecida no mundo.
Essa longeva trajetória está na turnê ‘Só Tenho Tempo de Ser Feliz’ e desfilou na passarela por cerca de duas horas de apresentação no Teatro Pedra do Reino, em João Pessoa.
Na playlist, resultados de parcerias com Chico Buarque e Jorge BenJor, por exemplo. E boas histórias contadas com singeleza de quem sabe ser grande nas coisas simples.
Acompanhado de banda e coro, Toquinho deu um show. Fez a plateia passear com ele por seis décadas de canções que embalam gerações e alcançam das memórias dos mais velhos aos corações infantis.
O artista só quer gastar o seu tempo daqui pra frente com coisas boas e felizes. Mas está generosamente dividindo esse prazer fazendo a felicidade de um público que não quer perder tempo com música ruim.
Nos acordes precisos ou nos versos belos, na voz elegante ou na sonora brasilidade, Toquinho só tem mesmo o nome no diminutivo. Na arte é um gigante.