O senador Efraim Filho (União) foi cuidar da própria vida e da eleição do irmão, George Morais, para deputado federal. Acenou e recebeu do PL a garantia de legenda e de apoio para disputa ao governo. Uma logística que proveu estrutura partidária e material.
O senador Veneziano Vital (MDB) tratou de garimpar o caminho de entrar em João Pessoa com um cabo eleitoral de prestígio. Escancarou as portas do seu partido para o prefeito Cícero Lucena, pré-candidato ao governo, com quem pretende fazer dobradinha.
Tanto Efraim quanto Veneziano investiram nos seus respectivos projetos pessoais. Deixaram de lado as pretensões do ex-deputado Pedro Cunha Lima (PSD), pré-candidato “natural” da oposição ao governo.
Vendo Efraim correndo em faixa própria, Veneziano rumando para fortalecer Cícero e esquecido pelos dois, Pedro está condenado a fazer uma escolha de sobrevivência.
Pregar no deserto sozinho no seu projeto de disputar mais uma vez o governo ou quedar às novas circunstâncias e aceitar papel de coadjuvante numa das duas chapas que lhe tiraram protagonismo central na oposição.
Ou, quem sabe, surpreender…