Desafio do novo chefe do MPPB: ir pra cima das facções - de fuzil e de gravata, também – Heron Cid
Opinião

Desafio do novo chefe do MPPB: ir pra cima das facções – de fuzil e de gravata, também

26 de agosto de 2025 às 20h22 Por Heron Cid
Leonardo Quintans (à esquerda) em entrevista ao autor do Blog na 'Hora H', da TV Norte-Paraíba

Em algum lugar da Paraíba, neste momento, tem uma facção criminosa agindo. Seja comandando o tráfico de drogas, seja na esquina determinando quem entra e quem sai no território.

Isso vai de João Pessoa – a capital dos estado com suas comunidades subjugadas por traficantes –  a pequenos municípios onde o comércio de drogas chegou e se estabeleceu.

Em algum lugar da Paraíba agora, também, tem um grupo de gestores, políticos e associados tramando, pensando e maquinando formas de como roubar o cofre público.

É na burla da licitação ou na nota fiscal fria para enriquecer quem deveria proteger o dinheiro do cidadão.

Em entrevista ao autor do Blog, ontem, no Programa Hora H, da TV Norte, o novo chefe do Ministério Público da Paraíba, Leonardo Quintans, anunciou a prioridade no combate ao crime organizado.

A iniciativa é bem vinda e estimulada por autoridades e pela sociedade. Mas o MP precisa ampliar a preocupação com o crime organizado comum para outro tipo de facção; as que traficam poder e dinheiro na gestão pública.

Portanto, o desafio do doutor Quintans consiste em neutralizar o bandido tradicional sem esquecer de ir para cima do bandido de gravata – que até chega a ser denunciado, mas quase nunca julgado.

Os dois são perigosos e matam igualmente. Cada qual com seu modus operandi. Um anda de fuzil e rouba a segurança e a paz e o outro mata esperanças e assassina direitos. Sem disparar um tiro e nem amarrotar o terno.

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