Em algum lugar da Paraíba, neste momento, tem uma facção criminosa agindo. Seja comandando o tráfico de drogas, seja na esquina determinando quem entra e quem sai no território.
Isso vai de João Pessoa – a capital dos estado com suas comunidades subjugadas por traficantes – a pequenos municípios onde o comércio de drogas chegou e se estabeleceu.
Em algum lugar da Paraíba agora, também, tem um grupo de gestores, políticos e associados tramando, pensando e maquinando formas de como roubar o cofre público.
É na burla da licitação ou na nota fiscal fria para enriquecer quem deveria proteger o dinheiro do cidadão.
Em entrevista ao autor do Blog, ontem, no Programa Hora H, da TV Norte, o novo chefe do Ministério Público da Paraíba, Leonardo Quintans, anunciou a prioridade no combate ao crime organizado.
A iniciativa é bem vinda e estimulada por autoridades e pela sociedade. Mas o MP precisa ampliar a preocupação com o crime organizado comum para outro tipo de facção; as que traficam poder e dinheiro na gestão pública.
Portanto, o desafio do doutor Quintans consiste em neutralizar o bandido tradicional sem esquecer de ir para cima do bandido de gravata – que até chega a ser denunciado, mas quase nunca julgado.
Os dois são perigosos e matam igualmente. Cada qual com seu modus operandi. Um anda de fuzil e rouba a segurança e a paz e o outro mata esperanças e assassina direitos. Sem disparar um tiro e nem amarrotar o terno.