Duas teses circulam na ágora paraibana. Uma do presidente da Assembleia, Adriano Galdino (Republicanos). Outra do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP).
A de Adriano postula que, na impossibilidade de unidade no primeiro turno, admitam-se múltiplas candidaturas na base do governo.
Já Cícero pugna ardorosamente, e com a legitimidade de melhor desempenho numérico até aqui, o critério da pesquisa de intenção de voto para definição do candidato único do bloco palaciano.
A estatística popular, nesse momento, favorece Cícero, igualmente bem avaliado na gestão da Prefeitura da capital.
Nenhuma e nem outra sugestão cláusula mereceu maiores simpatias do governador João Azevêdo (PSB), condutor ‘natural’ – lá vem essa palavra de novo! – da própria sucessão.
Perguntado pelos repórteres sobre ambas, João reagiu com frieza glacial. Desmanchou a primeira com poucas palavras: “É a opinião dele (Adriano). Eu discordo”.
Demoliu a segunda com ares de professor de engenharia e cálculo: “As pessoas querem uma regra, como dois mais dois é igual a quatro e está resolvido. Na política não é assim. É uma possibilidade que alguém tem de se candidatar e crescer naquela candidatura. Pesquisa é retrato de momento”.
E no momento, o retrato fotografa João desenhando o que já decidiu e mandando as quentes teses para a câmara fria da pré-campanha. Com termostato ligado.
