A oposição e o risco de repetir em 2026 erro da oposição de Campina em 2024 – Heron Cid
Opinião

A oposição e o risco de repetir em 2026 erro da oposição de Campina em 2024

14 de julho de 2025 às 17h04 Por Heron Cid

A oposição na Paraíba joga parada. Com um time na retranca, aguarda os movimentos do bloco governista e espera um deslize para se aproveitar dele. E para isso está contando com o bate-cabeça, os conflitos de interesses, a desarmonia e o desenho de um rompimento. Do prefeito Cícero Lucena (PP) ou do presidente da Assembleia, Adriano Galdino (Republicanos).

Nada de errado. A política é também jogo de observação e de estratégia. A oposição erra, porém, se tiver nesse propósito seu Plano A e sua única expectativa de vitória. Porque pode estar repetindo o mesmíssimo e errático movimento de outra oposição, a de Campina Grande.

Quem não lembra que, de 2023 para 2024, os adversários do prefeito Bruno Cunha Lima (União) jogaram todas as apostas e fichas no rompimento e. na candidatura do deputado Romero Rodrigues (Podemos). Não apenas pela torcida na arquibancada adversária, mas pelos próprios passes e exercícios do ex-prefeito.

O final da história todos sabemos. Pela enésima vez, Romero não aguentou as pressões e, após meses de suspense, valorização do passe, capitulou e se manteve onde sempre sempre jogou. A oposição é que precisou correr atrás do prejuízo e arranjar chuteira de última hora. Mesmo com o surpreendente desempenho do doutor Jhony Bezerra, deu Bruno no segundo tempo.

Em recente entrevista, o ex-deputado Pedro Cunha Lima (PSD) até abriu as portas da oposição a lideranças como Cícero e Adriano, todavia fez questão de reafirmar que se mantém candidato e que o seu time não jogará na retranca esperando o que virá, se vier, dos descompassos governistas.

Na prática, entretanto, a realidade constata uma oposição torcendo pelas fissuras na tática do Palácio da Redenção. Ao assistir da arquibancada a mobilização de avanço de Cícero, cada vez menos discreto e mais destemido no ataque, e os estragos das voadoras do zagueiro Adriano Galdino, a oposição pode até ser beneficiada por alguma baixa na escalação adversária. Mas, e se Cícero e Adriano não forem a campo? Aí assume-se o risco de voltar mais cedo para o vestiário.

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