O ambiente era pouco inspirador, mas a poucos metros do velório do ex-conselheiro Arthur Cunha Lima a pergunta política veio à tona.
Por mais consternado que estivesse, quicou bem nos pés do veterano ex-senador Cássio Cunha Lima a oportunidade de abrir ou fechar a porta da oposição para o prefeito Cícero Lucena (PP).
E Cássio não perdeu a chance.
Relembrou o histórico do clã Cunha Lima com Cícero, desde a década de 90, e deixou em aberto a escalação do time oposicionista para em caso de Cícero querer ser candidato a governador de todo jeito e lhe faltar vaga no campo governista.
Do outro lado do oceano, em Israel, Cícero Lucena, que ainda comemorava os números de nova pesquisa com seu nome na dianteira, ainda ganhou brinde outra boa notícia – a fala de Cássio, oráculo da oposição.
Se a oposição já havia aberto a porta para o prefeito, Cunha Lima a escancarou.
Veio da boca dele um aceno eloquente que valoriza ainda mais as pretensões do ‘caboclinho’ e, cujo significado, para quem ainda tinha dúvidas, comunica: se quiser, Lucena tem para onde ir.
Em dia fúnebre, Cássio deu mais vida à postulação de Cícero. E ressuscitou uma possibilidade de recomposição que parecia sepultada.