Algumas lideranças do PSB, a exemplo de Pollyanna Werton, Tibério Limeira e Fábio Tyrone, até ensaiaram – falas legítimas mais fortes de posicionamento em defesa do protagonismo da sigla.
Não demora, e as tentativas são logo sufocadas, seja por falta de referendos, seja pela relutância interna ou declarações ainda mais fortes de fora que as sobrepõem.
Agora mesmo, o atilado deputado Murilo Galdino (Republicanos) lança na ágora paraibana uma tese ousada. O partido da base que emplacar o candidato a governador na futura chapa confere ao ‘outro’ o direito de indicar senador e vice.
Esse ‘outro’ não contempla o PSB e a ‘regra’ se restringe à queda de braço do Republicanos, o partido do deputado, e o PP, o partido do vice, como de costume.
Nessa conta, o PSB está fora. Porque, pensa-se, estaria contemplado ‘naturalmente’ – para usar a palavra da moda política – com a presença do governador João Azevêdo com uma vaga de senador.
A conjectura de Murilo não é ato isolado. Ela é apenas amostra grátis do conteúdo majoritário do debate político da base governista. E nesse debate, o PSB tem sido carimbado como peça secundária.
Nem parece que está se falando do partido que lidera o governo, o mesmo que irriga, com cargos e estrutura, os projetos de poder desses aliados, e que tem como líder o governador, cuja carta/decisão depende todas as demais.
Se todo mundo fala grosso – sem medo de ser feliz, quando o PSB vai engrossar o pescoço – sem medo de dizer o seu tamanho? Enquanto todos, sem cerimônias, jogam as cartas, parece chegada a hora de o PSB lembrar quem é o dono da mesa.