Depois de Bayeux, cuja prefeita desembarcou circunstancialmente no partido, o PSB tem em Sousa, no Alto Sertão, a prefeitura com maior densidade e identidade eleitoral da Paraíba. Uma cidade com quase 50 mil eleitores e forte influência regional.
O dado em si e a história já colocam o município na prateleira alta da política estadual. E é lá que o partido e o governador João Azevêdo (PSB) tem repetido extraordinárias votações. Em 2018, João arrebanhou 71,51%. Na reeleição, venceu com 60,85%.
É lá, também, que o grupo de João vem na terceira vitória consecutiva e acaba de eleger o prefeito Helder Carvalho, com 59,31% da preferência e uma maioria superior a sete mil votos. Não há paralelo no Estado.
E tudo isso muito em função das ações da gestão estadual, sim, mas – especialmente – da liderança pessoal, política e administrativa de Fábio Tyrone (PSB).
O ex-prefeito deixou a prefeitura com 72% de aprovação popular e já se colocou como soldado no quartel de João para disputar vaga na Câmara dos Deputados e contribuir para o desafio de viabilização da chapa proporcional.
Tyrone é um dos poucos integrantes da legenda que ousa fazer exortação da afirmação do papel e tamanho do PSB. Tem tido uma postura partidária que chega a ser romântica e destoante dos pragmatismos comuns destas terras.
No que vem sendo religiosamente seguido pelo seu sucessor, Helder Carvalho, defensor convicto da candidatura de João ao Senado e pregador da necessidade continuidade do atual modelo de resultados. Recém-eleito, Helder é alvo de grande expectativa. Sozinho, porém, não conseguirá correspondê-la à altura, sem a decisão política do governo aliado.
Dispensa, portanto, dizer que, neste contexto, Sousa é um caso à parte para o PSB e governo a merecer tratamento diferenciado. É bíblico: há quem muito se dá, muito é exigido. Até o final do governo – seja em abril ou 31 de dezembro de 2026 -, a população e aliados do governador esperam reciprocidade político-administrativo ainda maior que o ‘sorriso’ aberto nas urnas quando votam em João.