Toda a base palaciana discute e se debate. A oposição, tal qual, fica na espreita aguardando que coelho sairá do mato. O fato é que, de um lado e de outro, estratégias partidárias dependem de qual será a efetiva decisão do governador João Azevêdo (PSB).
E João, mais ainda, tem consciência de que a sua escolha a ser homologada em abril de 2026 determinará muito do desenho da sucessão eleitoral paraibana.
Talvez, também por isso, ele estica o máximo possível essa corda e dá duas setas ao mesmo tempo. Cogita abertamente a saída do governo, mas não crava que o fará, diferente do que já anunciou sua colega Fátima Bezerra (PT), no vizinho Rio Grande do Norte.
Por isso, é muito comum que até dentro do governo muitos auxiliares conservem dúvidas e se peguem num labiritino de interrogações. Num dia de sol, alguns apostam que está tudo resolvido pela saída, Em dia nublado, acordam pensando que o chefe fica até o fim.
Se existe essa incerteza entre aliados, na oposição muito mais.
Uma certeza apenas paira sobre a atmosfera da ágora paraibana; tudo passa pela escolha do governador. E essa definição é como aquele movimento do xadrez capaz de alterar todas as demais jogadas.
O que todas as cabeças poderosas dos partidos do grupo governista desejam e querem passa e está nas mãos de João. Até lá, todo mundo ensaia, mas o jogo real só começa mesmo a partir dele – o dono da principal peça.