O governador João Azevêdo (PSB) já deu sinais de sobra que pretende ser candidato a senador. Assim, o seu cargo será ocupado pelo vice-governador Lucas Ribeiro (PP). Em qualquer lugar do mundo, o governador, com direito à reeleição, vai disputá-la.
O governador João Azevêdo já tratou Lucas como “candidato natural”, sem receio e sem constrangimento, mesmo correndo o risco de perder controle da perspectiva de poder e até desagradando aliados. Adriano Galdino (Republicanos foi um deles.
O governador João Azevêdo disse, em plena convenção estadual do PSB, que tem relação suficiente e confiança de sobra em Lucas para tal missão.
O governador João Azevêdo posou para icônica fotografia, em Patos, de mãos cerradas com o prefeito Nabor Wanderley (Republicanos) e com o vice-governador Lucas Ribeiro (PP). Com pinta de chapa e tudo…
Apesar de tudo que o governador já verbalizou e demonstrou, em linguagem muito clara, inclusive em detrimento do seu próprio partido, o PSB, o Progressistas – maior beneficiário da já desenhada decisão de João Azevêdo – não se resolve internamente.
Pelo contrário. A legenda abriu uma disputa para fora e o que seria uma “candidatura natural” virou objeto de peleja, a partir da da obstinação do prefeito recém-reeleito Cícero Lucena, que reivindica espaço e botou a pedra da competitividade no caminho.
Portanto, não deveria surpreender a ninguém, muito menos ao Progressistas, a fala do governador, ontem, em entrevista ao autor deste Blog. No Programa Hora H, da TV Norte Paraíba, o socialista colocou na conta do PP a solução do seu desencontro interno.
João está apenas reforçando que já disse (até demais!) o que tinha a dizer. Cabe agora ao PP fazer o que só o PP precisa fazer por si mesmo. E não esperar que o governador se fira para descascar um abacaxi que – ‘naturalmente’ – não plantou.