Em protesto à forma como foi tratado na crise do INSS que degolou o ministro Carlos Lupi, o PDT desembarcou do apoio ao governo Lula no Congresso.
O dano é muito mais simbólico do que numérico. De toda sorte, a base aliada perde 17 deputados federais e três senadores.
Enquanto se vai um apoio ideológico, os fisiológicos União Brasil, PSD, MDB, PP e Republicanos— ocupam 11 ministérios na Esplanada, mas não têm nenhum compromisso político, programático ou eleitoral com o PT e a reeleição de Lula.
Aliás, em 2024, a maior parte desses partidos fez mais coligações com o PL de Jair Bolsonaro do que mesmo com os partidos alinhados com o petismo.
Na sua terceira passagem pelo Planalto, Lula está condenado a pagar o preço de conviver com uma base aliada de conveniência que, afora os votos no Congresso, não oferece nenhuma perspectiva de reciprocidade eleitoral.
Perguntado sobre o tema pelo autor do Blog, no Podcast Direto de Brasília, em conexão com a Hora H, da Rádio POP e Rede Mais Rádios, o presidente nacional do PT, em exercício, senador Humberto Costa, admitiu que essa não é uma equação fácil. Muito em função do resultado da eleição parlamentar de 2022.
Agora sem o PDT, o governo Lula está (ainda mais) amarrado para o centrão comer.