Dizem que todo mundo é bom como estilingue, difícil mesmo é ser vidraça. O deputado federal Gervásio Maia (PSB) sempre foi um parlamentar de notório talento na oposição.
No governo Bolsonaro, ele manteve postura vigilante e combativa. Muito antes, na Assembleia Legislativa da Paraíba, como líder da bancada e nos áureos tempos em que existia oposição consistente na Casa, o então emedebista deu muitas dores de cabeça aos governos Cássio I e II e Ricardo Coutinho I.
Agora, a experiente atuação parlamentar de Gervásio será testada no outro lado do front. E a missão da vice-liderança do Governo Lula começa com trabalho pesado.
Ele e seus colegas de liderança já se reúnem na próxima terça-feira, às 10h, com uma bomba chiando no colo: a crise do INSS, que derrubou o ministro Carlos Lupi (PDT).
Comprovadamente bom no ataque, pode ser essa a sua melhor defesa a um governo que enfrenta forte oposição, quedas de avaliação e um escândalo bilionário contra aposentados e pensionistas nas costas.
Com o governo ameaçado de CPI, o destemido paraibano vai para uma vidraça sob o alvo de muitos estilingues à mão. Coragem ele tem, mas o momento também receita – digamos – previdência.