“Se você tem um ponto importante a dizer, não tente ser sutil ou inteligente. Use um bate-estacas. Acerte o ponto uma vez. Então volte e bata nisso novamente. Em seguida, acerte-o pela terceira vez – um golpe tremendo”. A dica é de Winston Churchill, o maior estadista do século XX.
Dentre muitas frases e aspas da entrevista do secretário Tibério Limeira (PSB) ao autor do Blog, no Programa Hora H, da TV Norte Paraíba, pelo menos três são dignas de registro no debate mais latente da ágora paraibana.
“Não há uma definição que o PSB abriu mão da cabeça chapa”.
A expressão parece simples, solta, óbvia e despretensiosa, mas não é. No fundo, diz muita coisa e por muitos do partido, também.
Ela chega a desenhar que o PSB decide e fala por si mesmo, e que outros interessados na eleição de 2026 precisam respeitar o tempo, a autonomia, o interesse e a discussão interna do partido eleito em 2022 para governar.
“É natural o PSB se colocar na disputa ao governo, afinal de contas governa o Estado há 16 anos”.
Na assertiva, o ex-presidente do PSB da capital explicita o direito de o PSB interferir, opinar e, legitimamente, pleitear a sua própria sucessão. Ou abrir mão dela, se for o caso.
Quem, entre os aliados, pode dizer o contrário?
“O PSB quer discutir a vaga do Senado, mas quer discutir muito mais do que isso. Vamos confiar na condução do governador João Azevêdo”.
A vaga de senador, natural como o verde da Granja Santana, não configura uma concessão de seu ninguém. É só o começo da conversa. Não o fim.
E pertence ao governador João Azevêdo, número 1 do bloco governista, a primazia da condução, a leitura e também o maior crédito a colocar na mesa com os aliados.
Se todo mundo ao redor do governo pode reivindicar duas vagas na chapa, por que não o partido do governador, cuja decisão depende todos os demais movimentos?
Tibério bateu a estaca. Foi o jeito de lembrar que é importante ninguém esquecer de um detalhe importante: o PSB ainda está aqui… No governo!