Parque Extremo Oriental: a joia urbana que João Pessoa ainda não tem (Por Ronald Farias) – Heron Cid
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Parque Extremo Oriental: a joia urbana que João Pessoa ainda não tem (Por Ronald Farias)

7 de abril de 2025 às 12h40 Por Heron Cid
Estação Ciência, Cultura e Artes de João Pessoa

Imagine caminhar por trilhas acessíveis, entre árvores nativas e jardins sensoriais, com o som do mar e o vento da falésia mais oriental das Américas. Imagine um parque onde carros não entram, mas bicicletas e cadeiras de rodas têm passe livre. Imagine uma João Pessoa mais verde, mais acessível, mais nossa.

Essa ideia já tem nome, lugar e proposta: Parque Extremo Oriental. Um projeto urbanístico que pretende transformar a região da Estação Ciência e da Ponta Seixas em um dos espaços públicos mais emblemáticos do Brasil – e ainda por cima, proteger a falésia do Cabo Branco, que sofre há décadas com a erosão e a pressão urbana desordenada.

Mais do que lazer: um gesto de responsabilidade urbana.

O Parque Extremo Oriental não é só uma proposta de lazer. Ele é também um gesto de reparação ambiental. A criação do parque prevê a proibição total de circulação de automóveis na área, desviando o fluxo para vias externas. A reorganização viária, nesse caso, não é apenas funcional – é uma medida de proteção real à falésia.

Além disso, o projeto contempla a desapropriação de terrenos subutilizados ou irregulares, a criação de ciclovias internas, trilhas para pedestres, praças de convivência e um centro cultural requalificado na atual Estação Ciência.

A cidade pede. A natureza implora. A população precisa.

Em tempos de crise climática, João Pessoa não pode mais adiar decisões que integrem planejamento urbano e preservação ambiental. O Parque Extremo Oriental é mais do que uma boa ideia: é uma necessidade.

Não é aceitável que o ponto mais oriental das Américas esteja ocupado por cercas, muros e carros. Esse território é de todos nós. E sua vocação é pública, inclusiva, sustentável.

*Ronald Farias – Médico e cidadão de João Pessoa

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