(BRASÍLIA) – O superlotado auditório da Confederação Nacional da Indústria, em Brasília, deu a dimensão. Não só pela concentração do maior metro quadrado de campinenses no recinto, o que já imprimiria uma ideia de que o momento sensibilizou Campina Grande, mas pela expressão das autoridades perfiladas para saudar a posse do paraibano Cassiano Pereira na presidência da Associação Nordeste Forte, braço nordestino na CNI.
Cassiano mostrou notório prestígio ao atrair figuras como o governador Ronaldo Caiado (Goiás), o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, o presidente do TCU, Vital do Rêgo, o presidente nacional do Progressistas, Ciro Nogueira, além dos senadores Efraim Filho (União) e Veneziano Vital (MDB) e dos deputados federais Romero Rodrigues (Podemos) e Damião Feliciano (União).
O desafio do atual presidente da FIEPB, porém, passa muito acima da régua da simbologia de ontem. Eis que diante do seu caminho surge uma possibilidade de fazer do cargo um espaço estratégico de interlocução política e governamental a pautar e inserir mais a Paraíba nos temas essenciais da região.
O debate da Transnordestina, por exemplo, é um tema a ser colocado nos trilhos. O assunto tem que deixar de ser uma pauta anuviada para virar uma prioridade abraçada e sedimentada pela classe política, empresarial e industrial da Paraíba. Os projetos complementares e econômicos via águas da Transposição do São Francisco também precisam estar na Agenda Paraíba.
É consenso que o estado vive um grande momento, tanto pelo volume de obras em curso do governo João Azevedo (PSB) e pela apoteose do destino João Pessoa, quanto pela representatividade política alcançada nos degraus do Olimpo de Brasília. A chegada de Cassiano Pereira – industrial respeitado e bem relacionado – no comando da Associação Nordeste Forte é um reforço relevante. Ele e a Paraíba precisam aproveitar essa oportunidade.
A Nordeste Forte pode e deve ser um antídoto para resolver nossos pontos fracos.