Houve quem se surpreendesse com a toalha jogada pelo deputado Tião Gomes (PSB) no chão da vaga do Tribunal de Contas do Estado. Principalmente, pela saída contida e sem disparos, como se espera do estilo Tião de ser.
Muita calma nessa hora… Ele deixou o front dessa guerra combinado com o general Adriano Galdino (Republicanos), a quem entregou o débito de mais um gesto de lealdade política.
Na verdade, apesar da reconhecida disposição pessoal de luta, Tião, assim como pelo outros três deputados, teriam dificuldades de atender as regras estipuladas pela legislação e regimento interno da Corte.
O deputado foi convencido pela conjuntura desfavorável gritada em praça pública por repetidos vetos subliminares de integrantes do TCE.
Afinal, o Tribunal nunca disse quem queria, mas deixou claro quem não aceitava. A opinião pública, a Assembleia e, enfim, o próprio Tião, absorveram a mensagem.
A insistência poderia até juntar os votos, mas redundar numa vitória com desgastes para a Casa e a obrigação de renunciar ao mandato sob o risco iminente de uma posse barrada e judicializada.
Foi, portanto, a consumação da crônica de uma renúncia anunciada.
Destemido até dizer chega, Tião já quebrou urna para garantir eleição dos outros na Assembleia. Pode ser ‘doido’, mas, dessa vez, mostrou que também tem juízo.
