Ao entrar na solenidade que reuniu lideranças do cooperativismo na Paraíba, em João Pessoa, nesses dias, o governador João Azevêdo (PSB) foi abordado por um repórter. O jornalista perguntou se a Ponte de Lucena é a maior obra do atual governo da Paraíba ou o Polo Turístico do Cabo Branco.
Semana passada, o governador assinou contrato de um resort de R$ 125 milhões. Parte dos R$ 2,3 bilhões já contratados com empresas do ramo da hotelaria cujas obras em execução já dão ideia do que se transformará a antiga praia de Jacarapé (Quem diria?!).
Hoje, ele visitou o canteiro inicial da Ponte, em Cabedelo, às margens do Rio Paraíba. A intervenção – prometida por anos a fio – soma meio bilhão em investimentos do tesouro estadual. A extensão é superior a 2km de pista sobre a água, mais um prolongamento da PB-011, de Forte Velho a Lucena, com 11,2 km de extensão, até o entroncamento com a PB-019. Pelos dados, é individualmente a maior obra erguida em solo paraibano, nas palavras de Carlos Pereira, superintendente do DER.
Outro dia, quando desembarcou em Cajazeiras para uma dessas agendas cotidianas, João viu um avião da frota de UTI aérea do Estado estacionado na pista do aeroporto da cidade. Nela, estava um paciente vítima de AVC prestes a ser transferido para o Hospital Metropolitano de Santa Rita. O governador foi até a aeronave e passou a conversar com a família sobre a situação.
Se afastou um pouco e perguntou ao secretário de Saúde, Ari Reis: “E antes, quando não tinha esse serviço”? O olhar do secretário respondeu sem precisar verbalizar muitas palavras para traduzir o que seria um atestado de óbito. Eram mínimas as chances de sobrevivência do paciente SUS a 500 Km de um centro com condições de atendimento adequado.
Os exemplos se completam numa reflexão. O tamanho físico de uma obra pode até dimensionar a ousadia de um gestor ou a capacidade financeira e estruturante de um governo e os seus efeitos econômicos.
O que, porém, mede com precisão o valor de uma obra é o alcance humano e cidadão. A gestão de João está conseguindo mostrar que é possível fazer as duas coisas. O mega empresário do turismo está de prova. A família do paciente anônimo do Sertão também!