A saúde física do presidente está sob controle, garantem os médicos e as aparições do petista. A saúde política do governo, entretanto, vai de mal a pior. O último boletim Data Folha atesta: a gestão Lula é um paciente que inspira preocupação e respira por aparelhos.
Somente 24% dos brasileiros aprovam o terceiro governo do ex-metalúrgico frente ao contingente de 41% que o reprovam. Subiu de 57% para 62% a taxa de brasileiros que não querem Lula candidato à reeleição. Desse total, 32% votaram no atual presidente.
Os números gritam. Alertam e recomendam ao governo a humildade de virar a página da cantilena da defesa da democracia. O tema deu no osso. E, convenhamos, se dão verniz conceitual para um universo limitado de eleitores ideológicos, não enche barriga de ninguém. Só alimenta as bolhas de revanchismo.
Aliás, definitivamente, essa não é a pauta do cidadão, muito mais preocupado e ocupado em questões cotidianas. Há três anos esperando por entregas que até agora não vieram, o brasileiro perdeu a paciência. Inclusive, parte do eleitor lulista. E com razão.
O governo insiste em falar para um Brasil e um trabalhador que simplesmente não existem mais. No lugar da cultura sindical, o novo empreendedor largou, por opção, a carteira de trabalho. Decidiu viver do máximo da sua capacidade de produção.
E vem o governo, em vão, com a conversa de fazê-lo voltar à CLT e ao salário mínimo. O mundo e o brasileiro mudaram. Lula e o PT insistem no anacronismo. Ou mudam ou serão mudados.
O Lula III, que já começou velho, se mantém incapaz de produzir coisas novas. Reedita programas do arquivo, sem conseguir apontar nada para frente. Em três anos, ainda não materializou suas promessas e anúncios. Obras do PAC são uma quimera, o Minha Casa, Minha Vida ficou no alicerce. Assim, vai vivendo da caridade – cobrada a preço caro – do centrão.
Enquanto isso, a dona de casa e o pai de família até se esforçam para seguir o atabalhoado conselho do presidente. Procuram no mercadinho uma forma de trocar produtos por valores que caibam no orçamento e no bolso. Depois de deixar de lado o sonho da campanha, acordam no pesadelo do ovo pelo preço da picanha. Tá difícil esse omelete!
Enquanto continuar patinando na economia, errando no discurso e a inflação dos alimentos permanecer pela hora da morte, a saúde do governo segue na UTI. Com avaliação moribunda e um centrão tentado a desligar os aparelhos.