Nos últimos tempos, Land Seixas já externava cansaço e desencanto com os rumos das coisas no Jornalismo e até com o ocaso do Sindicato dos Jornalistas, entidade pela qual dedicou décadas de sua vida. Mesmo assim, continuava batendo ponto em eventos e discussões sobre a categoria.
Foi assim por muito tempo. Desde quando aportei em João Pessoa, ainda estudante de Jornalismo da UFPB, já via Land nos fronts da renitente batalha pela valorização da profissão, cada vez mais precarizada.
Seixas não abria de uma oportunidade de pautar o reconhecimento salarial dos operários da comunicação. Lembro, por exemplo, de uma situação particular. No dia da sessão em que recebi o título de cidadão pessoense, fiz questão de convidá-lo entre as autoridades.
No seu discurso, além de dirigir palavras carinhosas ao homenageado daquela memorável manhã de 3 de junho de 2022, olhou para a plateia e viu empresários dos principais veículos de imprensa de João Pessoa.
Da tribuna, deu um jeito de encaixar cobranças públicas e presenciais pelo reajuste do piso salarial dos jornalistas. Para surpresa de todos nós.
Land superou todas as limitações e deixou esse legado de luta permanente e intransigente; na defesa do diploma de jornalista, na valorização do jornalismo profissional e pela liberdade de expressão, como registraram a Associação Paraibana de Imprensa e Associação de Mídia Digital.
Sua trajetória sindical deixou uma marca nas trincheiras de luta do jornalismo paraibano.