Defensor público, muito anos antes de ser deputado, o advogado Wilson Santiago fez cerca de cem júris populares. Sempre na tese da defesa de réus em situação de atrito com a Lei. A experiência nas lides dos tribunais, portanto, lhe confere certa autoridade para advogar pela conciliação política na base governista em iminente conflito de interesses eleitorais sobre 2026.
No programa Hora H, da TV Manaíra, o deputado federal do Republicanos apresentou um memorial de argumentos para acalmar os ânimos internos e conclamar todo o grupo do governador João Azevêdo (PSB) a um acordo entre as partes envolvidas no litígio da sucessão.
Santiago usou expressões como “diálogo”, “entendimento”, “critérios”, “viabilidade”, “soma” e “bom senso”. Ao mesmo passo, afastou conceitos de “imposição”, “forçação de barra”, “murro na mesa”, antônimos de um processo de construção consensual a ser liderado pelo governador João Azevêdo, defendido por Wilson como virtual candidato ao Senado.
No dizer e entender do deputado, é possível sim uma equação política que projete a natural candidatura de João para senador, a posse do vice-governador Lucas Ribeiro (PP) sem traumas, amuos ou desconfianças. “Quem não cede não tem como se viabilizar (…). O diálogo constrói tudo isso”, prescreveu Wilson.
A tese de um acordo de pacificação já tem um defensor no tribunal da sucessão. Quem recorrerá?