Caiu como uma bomba no plenário de Epitácio Pessoa a decisão do Supremo Tribunal Federal de concluir pela óbvia ilegalidade (só os TJ’s não viram) de antecipações de eleições de mesas diretoras das assembleias legislativas.
Em qualquer lugar, em temperaturas normais, o reset do jogo seria uma oportunidade de provocar rachaduras políticas, novas conversas e até estímulo a candidaturas dissidentes.
Na Paraíba, o presidente da Assembleia, Adriano Galdino, manteve o pião na unha. Não esperou tempo ruim e nem o desfecho do julgamento de ação da PGR que pedia a anulação da sua eleição presidencial.
Se antecipou ao problema da antecipação e promoveu a antecipação, essa sim no prazo mínimo admitido pelo Supremo. Foi reconduzido, de novo, por unanimidade. Sem sobressaltos.
Marinheiro prevenido, fez a travessia sem perdas e manteve o controle do leme. Resultado; chegou à outra margem de 2024 domando as tempestades e com mar favorável.
Suficiente para começar 2025 sem ondas e chegar com o mesmo tamanho no porto de 2026. É lá onde pretende levantar âncoras para itinerários mais altos. Um barco seguro para isso já tem. E ninguém ousou ameaçar a sua proa.
Prestígio com a classe política de Adriano está renovado e em dia. Seu próximo desafio é transferi-lo de cima para baixo do palanque, onde está o eleitor.
