Análise: Sérgio Queiroz e duas razões para mirar Senado – Heron Cid
Opinião

Análise: Sérgio Queiroz e duas razões para mirar Senado

5 de novembro de 2024 às 09h49 Por Heron Cid
Procurador e pastor vislumbra o "mistério da segunda vaga" para acreditar no 'milagre' de uma vitória contra as "estruturas"

Dou-lhe uma, dou-lhe duas… Depois de duas ‘viagens’ eleitorais, sem esperar pelo bilhete de terceiros, Sérgio Queiroz (Novo) já colocou seu nome no trem para estação de 2026. Se tudo for como ele está projetando, pegará, de novo, o ‘vagão’ – sem trocadilho – do Senado.

E para esse projeto, ele tem agora um motivo maior. Aliás, dois, como revelou em entrevista ao autor do Blog, na ‘Hora H’, da TV Manaíra.

Nos seus cálculos cartesianos de engenheiro, as duas vagas de senador da próxima eleição dobram o interesse e as chances. Na sua análise de advogado, o espaço do parlatório é o mais propício ao seu perfil de formulador.

No seu exercício de fé pastoral, a segunda vaga é um ‘mistério’ ainda insondável na política e, para os que acreditam nas coisas invisíveis, feito ele, um estímulo a mais para se lançar ao deserto.

Mas a leitura de Sérgio passa pela aritmética mesmo.

Ele vislumbra a soma dos votos que julgar acumular potencial para alcançar, depois de dois pleitos e maior conhecimento e penetração estadual, mais a prospecção do segundo voto, o “voto do coração”, uma opção mais aberta ao emocional. Aquela escolha pessoal, blindada, portanto, do cacife das estruturas e máquinas de poder tão presentes no jogo eleitoral paraibano.

Se em 2022 disputou sozinho – quixotescamente – pelo PRTB, sem tempo de propaganda e nenhuma pataca, agora imagina contar com um grupo que lhe faltou no passado. Essa ‘base’ seria a que ajudou a fortalecer na eleição de 2024 na capital, quando, no seu dizer, “deu um passo para trás” e decidiu coadjuvar ajudando o PL e Marcelo Queiroga.

O cálculo, também, conta com a expectativa de reciprocidade dos gestos. Terá? Aí são outros quinhentos. Em política, os elementos pragmáticos da ocasião costumam ditar as regras frias.

Por isso, o pastor vai precisar renovar a fé na correção dos homens, porque, na lei da semeadura da política nem sempre quem planta é o que colhe.

Até lá, ele vai apostando no “mistério da segunda vaga”, que tanto elegeu quanto já derrotou muita gente por aqui. E para crer nisso ninguém precisa ter fé. Bastar abrir os olhos para os recentes capítulos da história.

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