O 'pecado' do padre Fabrício – Heron Cid
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O ‘pecado’ do padre Fabrício

30 de outubro de 2024 às 20h38 Por Heron Cid

Primeiro a Diocese de Patos cancelou a Missa da Cura e Libertação, um evento que atraía milhares de pessoas ao coração da pequena Taperoá, no cariri paraibano.

Depois, transfere o carismático padre Fabrício Timóteo – um apóstolo desse tempo – para a distante Paróquia de Santana dos Garrotes. E para ser vigário auxiliar. Na tradução clerical, um ajudante.

Por mais que o bispo apresente justificativas canônicas, é indisfarçável a sensação posta de que o padre está sendo punido, silenciado e invisibilizado. E não é nem de forma velada.

E qual pecado do padre?

Reunir multidões em oração e cruzada de libertação de doenças e vícios? Pregar a mensagem genuína de Cristo e aproximar pessoas do Evangelho vivo? Não seguir o ritual tradicional da missa?

Parece um exemplo clássico em que a religiosidade se impõe e trata como blasfêmia o que a Bíblia chama de boa nova. Em Mateus  23;13, Jesus alertava: “Mas ai de vós, escribas e fariseus, porque fecham as portas do reino dos céus. Nem entram e nem deixam entrar”

Dois mil anos depois, o farasaísmo continua crucificando os que não se enquadram na Lei e aqueles cujas vestes, ao invés de luxo e sacralidade, tem a cor da poeira das ruas e o cheiro dos pecadores sedentos por resgate.

Nos tempos de hoje, o ‘padre’ Jesus de Nazaré também correria o sério risco de ser transferido e calado!

*Esse foi o meu comentário no Programa Hora H, exibido de segunda a sexta, das 18h às 19h, na Rádio POP 89,3 FM, em João Pessoa, na Rádio POP Cariri 101,1 FM, de Campina Grande, e 25 emissoras conectadas em toda a Paraíba na Rede Mais Rádios.

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