Contra números não há argumentos. E, quando eles têm credibilidade, menos ainda. Resta interpretá-los. Em Bayeux, a tradução é clara e os dados da pesquisa Opinião/Rede Mais revelam a consolidação da liderança e a tendência de vitória de Tacyana Leitão (PSB), que abriu 42,4% das intenções de voto na cidade.
A um mês do pleito, ela tem uma dianteira expressiva frente ao seu principal adversário, o ex-deputado Domiciano Cabral (MDB), substituto de Sara, impedida pela Justiça de participar do pleito. Domiciano tem 16,9%.
A substituição, pelo visto, não fez efeito esperado. O eleitor de Bayeux soube separar marido de esposo. O casal pode até viver sob o mesmo teto, mas são dois CPF’s bem distintos.
Mas o que faz Tacyana para ter avançado e aberto essa margem ? Alguém mais apressado pode cair no erro da superficialidade e atribuir tão somente aos apoios da gestão municipal e do governador João Azevêdo (PSB).
Esse fator tem peso e influencia bastante, mas não explica por si só. Para além da estrutura, Tacyana acerta na decisão de adotar uma mensagem clara e direta para uma cidade já calejada de tantas decepções.
Enquanto os adversários falam para trás e gastam tempo e saliva com críticas à atual prefeita e administrações anteriores, Tacyana decidiu lançar foco para frente, assumindo compromissos de solução para problemas crônicos e históricos, saúde e segurança, especialmente.
E, para isso, vem sacando um argumento eficiente ao defender que Bayeux está diante da oportunidade única de poder contar com uma prefeita do mesmo partido do governador, apoiada por dois deputados federais (Hugo Motta e Mersinho Lucena) e um estadual (Felipe Leitão).
A estratégia e opção têm sido assimilada, conforme os números, pelo eleitor de Bayeux, já cansado de passado e cioso de futuro. Os números que distanciam Tacyana de Domiciano demarcam esse território.