Batizado com nome de discípulo cristão, Lucas, o Ribeiro, é afeito à paciência e a conciliação. No exercício da vice-governadoria tem compreendido exatamente seu papel. Não abre mão dele e também não passa do limite.
Entrevistado do autor do Blog, ontem, no programa Hora H , da TV Manaíra, Lucas – de fala pausada e mansa – evitou ao máximo conflitos em declarações, ainda que confrontado com temas espinhosos.
Sobre as rotas de colisão do seu Progressistas com o PSB, partido do governador João Azevêdo, em municípios estratégicos como Cajazeiras e Santa Rita, preferiu deixar a disputa para o seu território de existência: a questão local.
Perguntado sobre 2026, evitou antecipações e ansiedades. Tratou o tema como consequência da relação política e administrativa que está sendo construída com o governador, a quem atribuiu o papel de “condutor do processo”.
Não escondeu, porém, o desejo de o seu partido protagonizar uma candidatura ao governo, mas desde que passe pela construção com o governador, cuja decisão – de ficar ou sair do Palácio da Redenção – será a bússola da sucessão.
Instigado pelas repetidas críticas do presidente da Assembleia, Adriano Galdino (Republicanos), ao grupo Ribeiro, Lucas também deu de ombros. “Não incomoda”, minimizou.
Só elevou um tom acima quando o assunto foi a ensaiada e frustrada candidatura de Romero Rodrigues à Prefeitura de Campina Grande. “Ele tem que prestar contas à cidade”, desabafou.
Mas, aí nessa novela de Romero, seria difícil esperar dele ou de qualquer alma, por mais cristã que seja, uma total passividade e compreensão. Ele é Lucas. Não Jó.