A articulação política do prefeito Bruno Cunha Lima (União), em Campina Grande, convive com a versão eleitoral da Lei de Murphy. Para quem não sabe, é aquela segundo a qual “quando uma coisa pode dar errado, ela dá errado.”
Sangrando na lâmina do suspense do deputado federal Romero Rodrigues (Podemos), Bruno acaba de perder o apoio do partido Partido Liberal (PL), alvo de intervenção, até agora mal explicada, da direção nacional do PL.
Para piorar, além do recuo do apoio, Valdemar da Costa Neto, presidente nacional da sigla bolsonarista, retirou Bruno Roberto da presidência municipal da legenda. Detalhe: Bruno Cunha Lima fez campanha e apoiou Bolsonaro em 2018 e 2022.
A reviravolta deixou a ver navios o Sargento Neto, deputado estadual e liderança do Pl na cidade. E atende a pedido do deputado federal Cabo Gilberto (PL) e de Marcelo Queiroga, candidato a prefeito de João Pessoa.
Eles desembarcam ontem em Brasília e levaram uma queixa na mala; o PL na capital não tem a reciprocidade do União Brasil, o partido de Bruno Cunha Lima.
A baixa não é nem tanto pelo partido em si, que tem força limitada na cidade, mas pela perda de um ativo precioso numa campanha: é do PL o maior tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão.
Um patrimônio que faz falta para qualquer candidato. Para quem vai à reeleição e precisa prestar contas do seu mandato, ainda mais.
Para o grupo de Bruno, a poucos dias das convenções, é como experimentar a Lei de Murphy em aplicação prática.