Elio Gaspari, na Folha de São Paulo, sobre o resultado da pesquisa do Instituto da Democracia: “Para cabeças polarizadas, a cara da democracia brasileira não é boa. Nenhum radical de seja qual credo for gostará dos resultados do trabalho (…) A cepa conservadora do eleitorado brasileiro está aí. O Brasil tem um eleitorado conservador em relação à segurança pública e aos costumes (…) De certa maneira, criaram-se dois estereótipos. O do sujeito que votou em Bolsonaro ficou previsível. Já o de Lula deveria levar seus explicadores do Brasil a calçar as sandálias da humildade (…) percebe-se o vigor de uma das Leis de Heitor Ferreira: “Muitas vezes, não é um candidato que ganha, só outro que perde”. Bolsonaro perdeu em 2022, como o PT perdeu em 2018. Num exercício de passadologia, qual teria sido o resultado da eleição se Bolsonaro não tivesse pronunciado as palavras “vacina” ou “cloroquina”?”