O que é a nova política? A pergunta pode refletir muitas respostas. Uma coisa, porém, é certa. Não tem a ver com idade e nem com primeira chance. Tem muito mais relação com posturas e atitudes.
Isso o jovem prefeito do Recife, João Campos (PSB), assimilou, com muita propriedade e decisão política.
Quem assistiu a entrevista dele ao autor deste Blog na estreia do programa “Hora H”, na TV Manaíra, entendeu porque o jovem de 30 anos se tornou o prefeito mais bem avaliado entre as capitais e o mais seguido das redes sociais.
Vacinado contra essa falsa e histérica polarização ideológica, João resiste, faz seu próprio caminho e consegue sobreviver no deserto da radicalização. Pragmático, não fala para bolhas de esquerda ou direita. Fala para as pessoas, e fala fácil, de forma direta, clara, equilibrada. E consegue engaja-las.
Gasta tempo, energia e sua juventude numa assertiva estratégia de comunicação não-violenta e numa gestão de entregas, de movimento na direção do cidadão e de suas demandas cotidianas, deixando na poeira o rama-rame que só interessa aos profissionais da política.
O herdeiro de Eduardo Campos compreendeu, precoce e inteligentemente, que o debate ideológico por si só e o radicalismo político não mudam e nem melhoram a vida de ninguém. No fim das contas, a população precisa mesmo é da ação prática, real. E sabe reconhecê-la.
É o que atestam 81% dos moradores da complexa cidade do Recife, conforme o Atlas Intel. Um mar de gente que aprova a gestão municipal. Esses 81% transbordam os limites da capital pernambucana e dão um recado muito eloquente à política brasileira.
Principalmente para a ‘velha’ que tenta se passar por ‘nova’.