O pelotão de frente da eleição de João Pessoa está pré-formado. Com a inserção do PT, agora em definitivo no páreo por decisão do comando nacional, o menu eleitoral da capital paraibana contemplará todos os gostos ideológicos.
O eleitor mais ao centro pode se sentir contemplado pelo sabor do projeto de reeleição do prefeito Cícero Lucena (PP), ex-PSDB ou satisfeito ao degustar o perfil político do deputado federal Ruy Carneiro (Podemos), também ex-tucano.
A mensagem do bolsonarismo será servida pelo ex-ministro Marcelo Queiroga, que depois de todo disse-me-disse e cobras e lagartos no PL – uniu, enfim, a auto intitulada direita paraibana.
Para reafirmar o viés “conservador da sua performance, Queiroga conta com o tempero da presença de um pastor evangélico na chapa, Sérgio Queiroz (Novo), ex-candidato ao Senado.
A esquerda, até então órfã de um prato eleitoralmente mais palatável, foi salva pelo gongo. A decisão nacional do PT de estabelecer candidatura própria em João Pessoa bota na pista ingrediente identificado com esse espectro político.
A receita do critério (pesquisa) eleito pela cúpula petista em Brasília tendencia por beneficiar o deputado estadual Luciano Cartaxo, ex-prefeito por oito anos, que se prepara para puxar debate de comparação com a atual gestão.
A pluralidade dos sabores é uma boa notícia para o eleitor. A ruim para os candidatos é que, para além do ilusionismo e da novelinha de subjetivas ideologias, o cidadão espera mesmo ideias e soluções objetivas para problemas da vida real. Não se saciará só pelas aparências.
